segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Novembro- Mês da Diabetes Animal

Será que o meu animal de estimação tem diabetes???



Diabetes Mellitus, o termo médico para a diabetes, é uma doença causada pela falta de insulina, que afecta o nível sanguíneo de açucar, ou glucose, do seu cão ou gato. A glucose provém da comida que o seu animal ingere. É absorvida pelos intestinos e entra na circulação sanguinea onde se desloca até às células de todo o corpo. A insulina é necessária para as células absorverem a glucose. A insulina é produzida pelo pâncreas em resposta à quantidade de glucose presente no sangue.




A diabetes atinge 1 em cada 400 gatos e uma proporção similar de cães. Porém, de acordo com estudos recentes, a prevalência em felinos tem vindo a aumentar. Os sintomas em cães e gatos são semelhantes aos apresentados por humanosO seu Médico Veterinário poderá utilizar equipamento e sistemas de monitorização que são semelhantes àqueles usados em pessoas diabéticas. 

Os cães e gatos com diabetes podem desenvolver outros problemas de saúde, geralmente após viverem com esta doença durante um ou mais anos.
Em cães, a complicação mais frequente é a formação de cataratas. os níveis sanguíneos de glucose persistentemente elevados fazem com que a lente do olho se torne opaca, causando cegueira.
Nos gatos, a fraqueza dos membros posteriores é uma complicação comum da diabetes. Os níveis sanguíneos de glucose elevados podem lesar os nervos, causando fraqueza e perda de massa muscular. Ao evitar os niveis elevados, consegue-se prevenir ou atrasar o desenvolvimento destas complicações quer em cães quer em gatos. Por esta razão, o diagnóstico precoce da diabetes no seu animal é muito importante.

Actualmente, com um tratamento consistente e eficaz, com alterações do estilo de vida e com uma monitorização adequada, o animal diabético poderá ter uma boa qualidade de vida.
Embora a diabetes seja diagnosticada em cães e gatos de todas as idades, géneros e raças, alguns animais apresentam maior risco.

Factores de risco em cães:
  • Idade (animais de meia-idade ou idosos são mais afectados)
  • Fêmeas não castradas
  • Genética
  • Obesidade
  • Raças com maior risco: cocker spaniel, teckel, doberman, pastor alemão, golden retriver, labrador retriver, lulu da pomerania, terrier, caniches pequenos.
Factores de risco em gatos:
  • Idade( gatos mais velhos são mais susceptíveis)
  • Animais castrados
  • Genética
  • Outras doenças que causam uma redução da insulina ou uma resistência a esta, como a pancreatite crónica ou o hipertiróidismo
  • Inatividade física
  • Obesidade


Os sinais mais comuns da diabetes incluem:
  • sede excessiva
  • micção frequente
  • aumento do apetite, enquanto perde peso
  • letargia
  • olhos turvos(cães)
  • não se lavam( nos gatos)
  • pêlo fino, seco e baço
Para avaliar se o seu animal terá diabetes, o Médico Veterinário pode começar por realizar uma avaliação do estado geral e colocar questões sobre alguns dos sinais que o seu animal poderá estar a apresentar. Posteriormente, far-se-á uma análise à urina. Se existir glucose na urina, terá se ser determinado o nível sanguíneo de glucose do animal.

Embora não haja cura para a diabetes, a doença pode ser controlada com sucesso com a ajuda do seu Veterinário. Geralmente são necessárias injecções de insulina diárias, para restaurar os níveis de insulina dos eu animal, e controlar os níveis sanguineos de glucose. A dieta representa um papel muito importante no controlo da diabetes. Existem actualmente rações específicas para animais com esta doença. Também é muito importante manter constantes as horas e o tamanho das refeições.
O exercício físico também é muito aconselhado.

As consultas veterinárias de acompanhamento frequentes podem ajudar a identificar alterações no seu animal e ajudar a controlar melhor a doença.
Se notou algum destes sintomas no seu animal, e se tem dúvidas, não hesite em falar ao seu Médico Veterinário.







quarta-feira, 14 de março de 2012


Automedicação do animal de estimação







Dor de cabeça? Tomamos uma aspirina. Azia depois de uma boa refeição? Tomamos um antiácido. Dor de garganta, se calhar é melhor 2 ou 3 dias de antibiótico e antiflamatório.... este é o pensamento do ser humano e como tal, não pensam 2 vezes quando se sentem mal, e lá vão à farmácia para aliviar os sintomas. Esse comportamento que pode ser perigoso para o ser humano, pode ser igualmente perigoso e mortal quando aplicado nos nossos animais.
Muitos Veterinários indicam medicamentos que são de humanos, comprados em qualquer farmácia, mas isso não significa que podemos dar aos animais qualquer remédio que funcione com o nosso corpo. Quando a doença é similar, o medicamento pode ser parecido ou até o mesmo, mas as doses são sempre diferentes. As doses veterinárias são determinadas consoante o peso do animal. Por essa razão é muito fácil provocar uma situação de intoxicação, quando se faz automedicação mal calculada.
Esta é uma grande causa de urgências nas clinicas veterinárias. Muitas pessoas em vez de contactarem o Médico Veterinário, fazem pesquisas na internet da forma como tratar e auto-medicar os animais, e muitas vezes quando recorrem finalmente a alguém, podem já não ir a tempo.
Por várias razões, tais como dificuldades económicas, falta de tempo, não desejar ter gastos com um animal, levam a pôr em risco a vida do seu animal.

O ácido acetilsalicilico ( ex : aspirina), ao ser administrado a cães e gatos, deverá ser utilizado com discrição e sempre aconselhado pelo Médico Veterinário. Pense que 500mg de um medicamento, estudado para um ser humano adulto de 60 ou 70 kg, não será de todo o mais indicado para um gato de 5kg ou um cão de 15kg. O mesmo acontece com o ibuprofeno, que é uma excelente maneira de arranjar uma úlcera gástrica.
Mais grave e mais comum, é o caso do paracetamol (ex: benuron) nos gatos, que é extremamente tóxico e pode ser mortal. A maioria das pessoas pensa que se dá para as crianças, dá para o animal, desengane-se, pois não é bem assim, até mesmo as apresentações pediátricas são excessivas para um gato.

O recurso a anti-histaminicos é indicado pelos profissionais nos casos de reacções alérgicas, como acontece por vezes em picadas de insectos, e é sempre bom ter em casa, mas só use o que foi prescrito pelo seu Médico Veterinário e nas doses por ele indicadas. E em casos mais graves, em que haja ameaça da capacidade respiratória do animal, é uma situação urgente que precisa de ser vista pelo Veterinário.

Os antibióticos são outra situação grave. Se não for correctamente usado, contribui para o fortalecimento das estirpes, que é suposto eliminarem, e contribuem para camuflar os sintomas impedindo o diagnóstico correcto do que se passa com o animal.

Para evitar fazer mais mal que bem, deve: 
  1. Telefonar ao seu Médico Veterinário, que lhe dirá o que fazer, e se for o caso, o que dar e quais as doses correctas.
  2. Não ouvir conselhos de amigos que acham que o seu animal teve uma coisa parecida e que lhe deram certo medicamento, cada caso é um caso, e o que serve para um não quer dizer que sirva para outro.
  3. Saber que os medicamentos podem fazer mal aos animais, e mantê-los afastados deles.
  4. Não usar a internet ou outros meios de informação como fonte.

sexta-feira, 2 de março de 2012

O COELHO COMO ANIMAL DE ESTIMAÇÃO




Hoje em dia existem cada vez mais pessoas que possuem um coelho em casa como animal de estimação.
Todas as raças de coelhos podem dar um bom animal de companhia.
Os coelhos são animais um pouco nervosos, que precisam de se sentir confiantes para exprimir as suas qualidades. Quando se sentem ameaçados podem tentar fugir ou arranhar com as patas posteriores, são muito territoriais. Os coelhos são animais nocturnos, apesar de grande parte das pessoas não saber, no entanto habituam-se facilmente à rotina diária do dono, alterando os seus períodos de sono, estando sempre prontos para a exploração da casa (são animais muito curiosos).

ALOJAMENTO

Apesar do coelho ter uma gaiola para estar, é importante que o mesmo não esteja sempre fechado e tenha espaço livre para poder saltar e andar livremente.
As jaulas devem ter uma superficie que permita ao coelho movimentar-se bastante bem, recomenda-se que a jaula seja 4 vezes maior que o coelho. O fundo não deve ser em rede, pois existe sempre o risco de eles entalarem os dedos e assim se magoarem nas patas.
No fundo é aconselhável colocar colocar aparas de madeira de faia, feno ou jornais às tiras, que devem ser mudados 2 vezes por semana. Não se deve usar o areão dos gatos, porque o pó que este liberta pode irritar os olhos dos coelhos. Deve colocar-se uma caixa com feno para proporcionar um bom ninho, onde se possam esconder. Também é aconselhável ter à sua disposição uma pedra de madeira e uma de cálcio para roedores, pois os dentes deles estão sempre a crescer, e precisam ser desgastados, isto se não quiser que ele os gaste nos seus móveis :)

ALIMENTAÇÃO

O alimento deve estar sempre à disposição, assim como água fresca.
Nunca se deve mudar subitamente a alimentação, porque qualquer distúrbio que provoque alteração da flora intestinal do coelho pode provocar a sua morte.
É fundamental fornecer feno ou palha (ricos em celulose) para regular o trânsito intestinal.
Existem no mercado boas rações comerciais que podem ser suplementadas com sementes secas ( feno, trigo e aveia), bem como alguma fruta e verduras ( cenouras, bróculos, nabos, couves...). Deve evitar-se a batata, as leguminosas secas como o feijão e o grão e também a alface (essencialmente devido à falta de nutrientes e capacidade diurética).

SAÚDE

Estes tais como os outros animais de estimação, necessitam de ser vacinados e desparasitados de maneira a poderem ter uma vida mais saudável.
Existem 2 doenças virais que se evidenciam como as mais problemáticas para os coelhos. Tanto uma como outra são extremamente contagiosas, sendo a vacinação a única forma de poder protegê-los.
Uma das doenças é a Mixomatose, que é provocada por um vírus, que é transmitido pelos mosquitos, moscas, mordeduras ou contacto directo com um animal doente. Os primeiros sintomas da doença são, uma conjuntivite severa acompanhada por um corrimento cor de leite, uma anorexia profunda e febre elevada.
Alguns animais morrem passadas 48 horas, outros entram num processo de degradação do estado geral e morrem passadas 1-2 semanas. Poucos sobrevivem.

A outra é a doença viral hemorrágica que é talvez a mais contagiosa, e com uma taxa de mortalidade de 90%. Na maioria dos casos os animais são encontrados mortos, a sintomatologia é practicamente inexistente devido à rapidez da evolução. Observa-se por vezes sangue nas narinas.

Se tiver um coelho como animal de companhia, procure o seu Médico Veterinário para saber qual o protocolo vacinal a seguir.

REPRODUÇÃO

Os coelhos atingem a sua maioridade sexual por volta dos 4 meses de idade, por isso se tiver um macho e uma fêmea juntos, não se admire se lhe aparecer uma ninhada :)
Todavia só é conveniente acasalar coelhos a partir dos 6/7 meses.
Eles têm a chamada "ovulação induzida", ou seja, a ovulação pode ser desencadeada a qualquer altura pela simples presença de um macho ou pelo acto de acasalamento em si.
Isto significa que as fêmeas coelho estão sempre aptas a engravidarem.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A Clinica Veterinária Vale do Sorraia deseja a todos os seus clientes um bom Carnaval !!!

Adicionar legenda
Donos, cuidado com certos objectos de carnaval e fatos, porque alguns dos amigos de 4 patas gostam de roer e engolir tudo, principalmente os cachorros e gatinhos e podem ter problemas se ingerirem coisas que não devem!
Divirtam-se!!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

SAÚDE ORAL DO SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO


A boca pode ser alvo de várias doenças nos animais domésticos com consequências diversas para a saúde do animal.

    Sintomas de doença da cavidade oral em animais domésticos:


-    Odores desagradáveis provenientes da boca;


-    Dor/dificuldade na mastigação;


-    Dificuldade na deglutição;


-    Falta de apetite;


-    Úlceras na mucosa bucal;


-    Alterações de comportamento;


-    Perda de peso;


    -    Perda de sangue pela boca;

 

-    Massas / assimetrias do focinho;

-   Corrimento nasal.

 

 

    PERIODONTITE

 

 




  • É a doença mais comum em animais domésticos afectando 85% dos cães com mais de 3 anos e 80% dos gatos com mais de 5 anos.
  • A periodontite desenvolve-se a partir de da formação de placa dentária. A placa dentária é constituida por restos e comida, bactérias e saliva que se acumulam na margem da gengiva. As bactérias multiplicam-se na placa dentária criando sub-produtos que por sua vez provocam uma resposta inflamatória - Periodontite.
  • Com o tempo ocorre a deposição de sais de cálcio na placa dando origem à formação de tártaro, de consistência dura e que só pode ser removido com ajuda veterinária.
  • À medida que as bactérias e a periodontite progridem, as estruturas que envolvem o dente começam a ser destruidas e o dente perde estabilidade e adquire mobilidade culminando com a sua perda.
  • Além disso algumas bactérias conseguem invadir outros orgãos como o coração e os rins podendo provocar problemas mais sérios.
  • Para interromper este processo é necessário remover o tártaro através de ultra-sons, extrair dentes inviáveis e que sejam alvos de deposição de tártaro e iniciar um programa de profilaxia com o uso de pasta dentifrica regularmente.
  • Os procedimentos médicos dentários necessitam que o animal seja submetido a anestesia geral. Por esta razão, e uma vez que as doenças da boca afectam muitas vezes doentes mais velhos, torna-se importante a realização de uma anestesia segura e vigiada.
  • Os cuidados médicos dentários podem aumentar a qualidade de vida do seu animal e até mesmo prolongá-la.
Como prevenir o aparecimento de doenças dentárias?
 A forma mais simples de prevenir o aparecimento desta doença, é a escovagem diária dos dentes com produtos especificos e adequados.
Com a escovagem diária há uma remoção de alimentos depositados nos dentes, e da placa bacteriana, revertendo assim o processo de aparecimento de gengivites.

Alimente o seu animal com uma ração balanceada, com menor quantidade de carbohidratos e menor densidade ( mais duros), o que irá provovar a remoção mecânica parcial da placa bacteriana. Evite dar-lhe comidas caseiras, doces ou farináceos.
Existem algumas rações com com substâncias que neutralizam o cálcio, o principal mineral responsável pela formação do cálculo dentário (tártaro).

Dê ao seu animal brinquedos bocais, roedores e snacks, brinquedos de borracha rigida e biscoitos fazem a remoção parcial da placa bacteriana, e logo também ajudam.
Visite o seu Médico Veterinário pelos menos 2 vezes por ano, para um exame bocal.

 



Importante:
Muitas vezes a dor e a sensibilidade na cavidade oral faz com que o seu animal pare de comer, mesmo tendo fome.
Conclui-se que aqueles dentes “amarelados” e o “mau hálito” dos nossos animais não são tão inocentes assim.
Na verdade, a doença periodontal é um “mal silencioso”, porque o animal só vai manifestar sintoma quando estiver em estado avançado.


Se iniciar desde tenra idade a higiene oral do seu animal, mais facilmente ele irá habituar-se a esse procedimento, e evitará o aparecimento de problemas orais e na sua saúde.


Como dono responsável do seu animal de estimação é importante que lhe ofereça um tratamento dentário, tanto profissional em veterinários especializados em odontologia veterinária, como em sua casa.



 




 

 

 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Óscar

O Óscar Xavier é um cão de raça Boxer com 4 anos.


Entrou na Clinica dia 02 de Dezembro, com o historial de estar a vomitar constantemente à cerca de 2 meses. Vinha num estado muito debilitado, muito magro, desidratado, tendo perdido quase metade do seu peso. Continuava com apetite, mas acabava sempre por vomitar. Foi feito um rx simples, que apresentou um corpo estranho na parte gástrica, em forma de “bola”.
Solução: cirurgia!!
Iniciou-se tratamento com antibiótico, antiflamatório, protectores gástricos e soro. Durante 3 dias estabilizou-se minimamente o seu estado corporal para estar mais forte para a cirurgia, que ia ser sempre de risco. No dia da cirurgia fez-se um rx baritado, no qual se percebeu que o estômago estava enorme, muito dilatado.


O resultado da cirurgia, (uma laparotomia exploratória) foi um pato! O Óscar tinha comido um pato de brincar inteiro, que já tinha sido de borracha e que depois de 2 meses no intestino, mais parecia de madeira, e que permaneceu intacto, e estava a impedir a passagem da comida, daí o vómito e a extrema magreza.


O Óscar encontra-se em franca recuperação, em busca do peso perdido e muito bem disposto. Esperemos que não tenha mais apetites estranhos por patos ou outras coisas :)





sábado, 17 de dezembro de 2011

INFORMAMOS OS NOSSOS ESTIMADOS CLIENTES QUE DIA 24 E 31 DE DEZEMBRO ENCERRAMOS ÀS 13:00 HORAS.
FELIZ NATAL E BOM ANO NOVO