terça-feira, 16 de novembro de 2010

Parasitas intestinais do cão e do gato

Numa época em que os animais de estimação vivem cada vez mais em comunidade com os donos devemos ser cada vez mais cautelosos com as doenças e afecções que os animais possam transmitir ao Homem (zoonoses).

Cães e gatos podem ter diversos tipos de parasitas intestinais, existindo essencialmente dois grupos: Vermes redondos, conhecidos como lombrigas e Vermes achatados, conhecidos como ténias. Alguns são comuns entre cães e gatos; Muitos deles são transmissíveis ao homem.

É importante salientar que na maioria dos casos os cachorros e gatinhos podem já nascer parasitados, por transmissão através da placenta. Podem também ingerir os parasitas do leite da mãe. Por este motivo as cadelas devem também ser bem desparasitadas durante a gestação.




Para além desta via de transmissão, os nossos cães e gatos podem também infestar-se quando cheiram as fezes de outros animais, na água ou alimento, ou quando ao lamberem-se ingerem ovos de parasitas existentes no pêlo. Alguns parasitas podem ainda penetrar através da pele, quer nos animais quer no Homem. Outros animais, como ratos, pássaros e pulgas funcionam também como hospedeiros intermediários, ou seja são portadores e podem transmitir parasitas ao serem ingeridos.

A infestação do Homem ocorre maioritariamente através da ingestão de larvas e ovos de parasitas, quer por contacto directo com os animais, quer por alimentos e ambiente infestados. As crianças têm um risco aumentado pela possibilidade de brincarem em ambientes contaminados ( areais e relvados conspurcados com fezes de cães e gatos), e pelo hábito de levarem tudo à boca, inclusivamente as mãos após fazer festas a animais com a possibilidade destes terem ovos no pêlo.



Os cachorros e gatinhos são infestados por vermes redondos (lombrigas), a infestação pode passar despercebida, sem sintomas mas na generalidade é notório sintomas que podem ir desde o prurido anal “esfregar o rabo pelo chão”, emagrecimento, pêlo com aspecto baço e quebradiço, até situações mais grave implicando vómito, diarreia que pode ser sanguinolenta (fezes escuras), e anemia associada. Grandes infestações podem causar rolhões no intestino e morte do animal por obstrução. Em muitos casos podem mesmo ver-se parasitas nas fezes enrolados, parecendo um cordel.



A desparasitação deve ser encarada como uma prevenção e não um tratamento. É importante iniciar a desparasitação do seu cachorro ou gatinho logo a partir as duas semanas de idade

Os animais mais velhos são também infestados por vermes chatos (ténias), que aparecem como pequenas pevides em volta do ânus. Os sintomas poderão ser semelhantes aos descritos para os cachorros, e um parasitismo intenso pode também levar á morte por causa directa ou pela diminuição das defesas do organismo e possibilidade de outras doenças por vírus ou bactérias.

A prevenção é como sempre o melhor remédio:

- É importante seguir as normas gerais de higiene (lavar as mãos regularmente, eliminar as fezes dos animais, desinfectar regularmente os canis e gatis, lavar bem frutas e legumes, beber àgua de origem segura)

- Elimine as pulgas e todos os parasitas externos regularmente

- Faça uma desparasitação regular e periódica do seu animal, e consulte o seu Veterinário sempre que detectar algum dos sintomas descritos.

O seu Veterinário é o Profissional mais indicado para lhe aconselhar que programa de desparasitação seguir, pois o mesmo pode ser diferente e adaptado a cada caso, em função da espécie (cão ou gato), idade, meio ambiente e numero de animais a viverem em comum

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