quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Mãe... e filha!!


Hoje apresentamos a Nina, e a sua filhota Lolita!!

A Nina tem 3 anos e é uma cadela cruzada de Pequinois. Em Agosto de 2008, a Nina veio até à nossa clínica quando estava em trabalho de parto... não conseguia “dar à luz” os seus cachorrinhos... Tivémos que realizar uma cesariana, da qual nasceram 4 cachorrinhos lindos!!


Um ano depois... a Nina veio novamente até nós, estava outra vez em trabalho de parto!!

Fizémos Rx e conseguimos ver que os seus cachorrinhos não estavam na posição correcta para nascerem sózinhos...

A Nina foi para a sua segunda cesariana, de onde nasceram quatro cachorrinhas pretas, uma das quais a sua Lolita!! Mas desta vez, depois de conversármos com a sua dona optámos por realizar também a ovario-histerectomia, ou seja a sua esterilização... para que não sejam precisas mais cesarinas!!






O parto nos animais de companhia:


Numa fase de preparação do parto, que pode ter início cerca de 1 semana antes da fase de expulsão dos fetos, as cadelas e gatas podem alterar o seu comportamento. Podem começar a fazer ninho, urinar com maior frequência, geralmente há diminuição da temperatura rectal (pode baixar 1ºC a 24h do parto) e relaxamento vulvar. Podem ainda perder o apetite.

No parto propriamente dito são geralmente definidas 3 fases:

Na 1ª fase as futuras mães apresentam-se inquietas e fazem ninho. Apresentam-se ofegantes mas as contracções abdominais e uterinas não são perceptíveis. Dura entre 6 a 12 horas.

A 2ª fase caracteriza-se pela saída dos fetos e pode durar entre 2 a 6 horas. As fêmeas podem fazer força intermitente durante várias horas até á saída da 1ª cria. Uma força constante e prolongada não é normal e pode ser motivo para alarme. O período de descanso da mãe entre o nascimento de filhotes pode ser de uma hora, sendo que nesse intervalo de tempo não há contracções. (Nas gatas, por vezes pode demorar 12 a 24 horas entre o nascimento de gatinhos saudáveis, situação que nos canídeos é anormal e preocupante).

A 3ª fase caracteriza-se pela saída da placenta, que leva cerca de 5 a 15 minutos após o nascimento de cada cria. A fêmea come geralmente a placenta, corta o cordão umbilical e lambe os filhotes. Este último acto tem grande importância, pois para além de os limpar e estimular, vai estabelecer a ligação mãe-filho.

Caso a mãe não remova a membrana fetal deve ser o dono com os dedos a ter esse cuidado, rasgando-a pela zona das costas do recém nascido. Deve ainda estimular o filhote com uma toalha e colocá-lo ao lado da mãe. Caso o rejeite, deverá esperar que ela se acalme, termine o parto e tentar novamente a aproximação.



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